Infiesto Tem História Real? A Verdade Por Trás Do Filme Da Netflix
Dirigido por Patxi Amezcua, o filme espanhol da Netflix, Infiesto, gira em torno de Samuel García e Castro. Os dois são detetives e estão investigando o surpreendente reaparecimento de uma jovem chamada Saioa Blanco. Desde que ela desapareceu por três meses, as autoridades e o espectador acreditavam que ela estava morta.
Enquanto a cidade mineira de Infiesto lida com a pandemia do COVID-19, os dois detetives decidem desvendar o mistério por trás do retorno de Saioa. À medida que a investigação continua, eles enfrentam várias forças das trevas nas montanhas e florestas das Astúrias.
Intrigados com o mistério envolvente, muitos querem saber se o filme é baseado em um caso real. Bom, logo abaixo você confere tudo sobre a origem do filme.
Infiesto é uma história verdadeira?
Não, Infiesto não é baseado em uma história real. O diretor e roteirista Patxi Amezcua criou o filme a partir da ficção para realizar seu desejo de fazer um policial com um quê de suspense. Ele se inspirou em obras como True Detective, O Silêncio dos Inocentes, Marshland, entre outros.
Ao invés de seguir os elementos tradicionais do gênero, Patxi queria que Infiesto fosse um filme pessoal. Ele queria que o longa explorasse a psique dos dois detetives e sua abordagem do crime que os intriga.
A base do filme de suspense nasceu desse desejo de fazer um filme de detetive não convencional. Embora o filme seja fictício, Amezcua se certificou de que a narrativa estivesse enraizada na realidade tanto quanto possível.
Isso foi feito para que o espectador considerasse o conto realista, autêntico e relacionável. O antagonista do filme, o Profeta, lembra os líderes de cultos hedonistas que conhecemos na realidade. Por meio do seu enredo, o diretor lança luz sobre a realidade dos assassinatos para rituais que acontecem não só na Espanha, mas em várias partes do mundo.
Apesar da influência do modernismo e do racionalismo, um grupo de indivíduos ainda recorre a vários deuses apaziguadores para lidar com as preocupações do mundo humano. O Profeta de Infiesto pode ser visto como um representante fictício desse grupo real.
Infiesto aborda a realidade da pandemia do COVID-19
Outro aspecto significativo que conecta a narrativa do filme com a realidade é a pandemia de COVID-19. O filme explora a separação humana causada pela pandemia e seus impactos psicológicos. Samuel García é impedido por profissionais da saúde de ver a mãe morta pela última vez por conta dos protocolos da pandemia.
Castro tem que suportar a separação de seu companheiro, Carlos, que está internado em um hospital devido a complicações de saúde decorrentes do coronavírus. Amezcua se inspirou em suas próprias experiências de testemunhar um “mundo vazio” durante a pandemia ao criar o cenário de Infiesto.
A cidade real do filme, localizada na província espanhola das Astúrias, também desempenhou um papel fundamental na criação do longa. Amezcua ficou fascinado com a cidade mineira com fábricas e minas abandonadas. Isso tudo cercado de montanhas e bosques.
Quando começou a criar o desenvolvimento do filme policial, ele usou o próprio aspecto da cidade, para aproveitar o ar sinistro que o local tinha. Assim, obviamente, fica potencializada com a quarentena e as incertezas trazidas pela pandemia.
Segundo o diretor, Infiesto é uma combinação do gênero ficção policial, com a cidade sinistra como cenário e a presença inquietante da pandemia.
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